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Melancólico Documentário Contempla a Jornada de Um Jovem Português para a Rússia Soviética

O som melancólico de um oboé ressoa através 🍎 dos frames iniciais do documentário contemplativo de Catarina Mourão à medida que a câmera se move languidamente por uma casa 🍎 ligeiramente desgastada, cujos corredores de cor pálida estão manchados com riscos de tinta branca. Executada na tela por um jovem 🍎 solista, a música flutua de um cômodo para outro, levando-nos a um homem mais velho, cujos olhos estão fitando 1 bwin 🍎 uma intrigante coleção de cartões postais presos na parede do azul do oceano.

Esse homem chama-se Martim, e esses artefatos 🍎 amarelecidos contam a história da1 bwinjornada extraordinária de Portugal para a Rússia soviética 1 bwin 1979. Apaixonado por ideais socialistas, 🍎 ele deixou Lisboa para o clima frio de Astrakhan, no Mar Cáspio, no sul da Rússia, onde se matriculou 1 bwin 🍎 um curso de técnicas de pesca aos 15 anos. No entanto, o idealismo jovem de Martim foi rapidamente amortecido pela 🍎 dura realidade de viver sozinho no exterior. Após apenas um ano, problemas de relacionamento e uma desilusão com o regime 🍎 comunista levaram Martim a retornar precipitadamente ao seu país de origem.

Além de cartões postais e

s da Rússia tiradas 🍎 com a1 bwincâmera clandestina, Martim trazia consigo um senso de fracasso e vergonha. Além de confrontar o passado, o 🍎 filme de Mourão também torna possível um diálogo intergeracional entre Martim e seu filho, o jovem músico visto no início; 🍎 ele também guarda os seus próprios segredos. Emergindo da1 bwinconversa surgem chispas de compreensão e compaixão, que constituem o 🍎 núcleo emocional do filme.

Em contraste com esses momentos cativantes, as recriações do tempo de Martim 1 bwin Astrakhan sentem-se bastante 🍎 distraentes e mesmo desnecessárias. Em vez desses intervalos dramatizados, a experiência de Martim, assim como a1 bwinemocionante relação com 🍎 o seu filho, poderia ter sido suficiente para conduzir as várias reflexões do filme.