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Onde está o irmão seu?

A polícia gritou enquanto começava a bater pixbet cadastro Devi Khadka. "Sabemos que você vai se encontrar 🛡 com ele. Digite-nos onde ele está!" Um dos oficiais chutou-a no estômago e ela desabou no chão. "Por alguns segundos, 🛡 eu desmaiei", diz Khadka. "Eu achei que era o fim para mim."

Era 1997, um ano após o início do conflito 🛡 brutal de década da Nepal entre insurgentes maoistas e forças de segurança do governo, e a polícia estava atrás do 🛡 irmão de Khadka, Rit Bahadur, um líder maoista local. Khadka havia ido ao mercado pixbet cadastro seu distrito natal de Dolakha 🛡 no leste do Nepal, pixbet cadastro uma simples ida de compras. Agora, ela jazia no pó, com sangue escorrendo do nariz 🛡 - uma menina de 17 anos cercada por uma equipe de oficiais masculinos.

A polícia, determinada a arrancar informações sobre o 🛡 paradeiro de seu irmão, a arrastou para a cadeia, a enforcou de cabeça para baixo e continuou o assalto com 🛡 canos de bambu. Isso durou horas. "Estava vomitando sangue. Havia hematomas pixbet cadastro todas as minhas pernas. Esperava que eles me 🛡 matassem rapidamente", ela diz.

Khadka sobreviveu, mas uma semana depois ela foi transferida para o posto de polícia pixbet cadastro Dhulikhel, uma 🛡 cidade perto de Catmandu. Uma noite, ainda machucada e ensanguentada, ela foi levada para uma cabana fora do complexo da 🛡 polícia. Dentro estava um grupo de oficiais masculinos, bebendo cerveja. Exigiram que ela assinasse um documento denunciando seu irmão, mas 🛡 ela se recusou. "Disse que não vou assinar nada. É melhor matar-me", ela diz. "Se nós vamos matar você, deixe-nos 🛡 nos divertirmos um pouco primeiro", disseram-lhe, antes que ela fosse estuprada repetidamente.

Khadka, agora com 44 anos, ainda está lidando com esse 🛡 horror. Por anos, ela foi deixada traumatizada, envergonhada e quebrada. Mas ela se recusou a deixar que isso a definisse.

Em 🛡 vez disso, ela transformou seu trauma pixbet cadastro ação. Nos anos seguintes, ela viveu múltiplas vidas; como combatente rebelde, parlamentar e 🛡 agora, uma defensora feroz dos sobreviventes do Nepal de violência sexual durante a guerra. "Preciso falar porque é a única 🛡 maneira de obter justiça", ela diz. "Eu tenho o direito de recusar muitas coisas, mas não tenho o direito de 🛡 parar de compartilhar minha história."

A história de Khadka agora está sendo contada pixbet cadastro um novo documentário chamado Devi, pela cineasta nepalesa Subina Shrestha. O 🛡 filme segue os esforços incríveis de Khadka para construir um movimento de sobreviventes no Nepal e responsabilizar oficiais e políticos.

O 🛡 filme também é a história de um país lutando para enfrentar seu passado. A guerra terminou pixbet cadastro 2006, e pixbet cadastro 🛡 2014 uma comissão de verdade e reconciliação (TRC) foi estabelecida para investigar as "violações graves dos direitos humanos e crimes 🛡 contra a humanidade" cometidos por ambos os lados durante o conflito.

No entanto, o processo foi amplamente criticado por permitir anistias 🛡 por violações graves de direitos humanos e acusado de ser projetado para "legislar uma fuga" para aqueles que deveriam ser 🛡 responsabilizados por abusos durante a guerra, mas que haviam assumido cargos de poder no novo governo. Uma década depois, não 🛡 houve uma única condenação bem-sucedida sob a lei.

O processo falhou completamente com os sobreviventes de violência sexual, diz Khadka. Ela 🛡 diz que as vítimas de estupro foram relutantes pixbet cadastro comparecer e aquelas que o fizeram foram mal tratadas; algumas foram 🛡 expostas publicamente, outras não foram creditadas.

Décadas depois, muitos ainda estão lutando para lidar com o impacto físico, psicológico e 🛡 financeiro de suas abusos. É uma luta que Khadka enfrentou pessoalmente.

Quando ela foi libertada pela polícia, ela diz: "Eu não 🛡 tinha ideia de quem eu era mais. Eu me perguntei se eu era mesmo um ser humano."

As vítimas de estupro estão fugindo e se escondendo, enquanto os culpados estão livres e 🛡 desfrutando do poder

Após o estupro, ela se juntou aos maoistas e, à medida que a guerra continuava, subiu nas fileiras 🛡 para se tornar líder de pelotão. Em 2002, ela foi atingida por um golpe devastador quando seu irmão foi morto 🛡 por forças governamentais. Após a morte de seu irmão, Khadka assumiu o papel político de seu irmão dentro do partido 🛡 maoista e, após o acordo de paz com o governo pixbet cadastro 2006, concorreu às primeiras eleições nacionais pixbet cadastro 2008 e 🛡 ganhou um assento no novo parlamento.

Khadka foi acusada de não ter falado pixbet cadastro defesa das sobreviventes de estupro durante o 🛡 conflito enquanto estava no cargo, uma acusação que ela admite. "Regreto. Eu gostaria de ter levantado minha voz, eu estava 🛡 fugindo de mim mesma", ela diz.

Suas esperanças de que seu próprio partido, que havia prometido paz e justiça, falaria pixbet cadastro 🛡 defesa dos milhares de sobreviventes de violência sexual durante a guerra foram frustradas.

"Quando os maoistas começaram, eles tinham uma visão muito clara de como ajudariam todos, mas 🛡 quando eles chegaram ao poder, eles se desconectaram", ela diz.

Com a luta pela reconhecimento e justiça indo a lugar nenhum, 🛡 Khadka percebeu que as histórias dos sobreviventes de violência sexual estavam "sendo apagadas da história". Ela falou sobre seu próprio 🛡 abuso e trabalho com outros sobreviventes e agora lidera duas organizações de sobreviventes, documentando casos de estupro durante a guerra, 🛡 fazendo lobby por tratamento médico e apoio financeiro e organizando outros sobreviventes para exigir justiça através da TRC.

"A sociedade precisa mudarpixbet cadastrovisão sobre as vítimas de 🛡 estupro", diz Khadka. "Atualmente, as vítimas estão fugindo e se escondendo, enquanto os culpados estão livres e desfrutando do poder. 🛡 Isso é exatamente o contrário do que deveria ser."

Os 🛡 esforços de Khadka podem estar começando a dar seus frutos. Em 2024, o governo apresentou um projeto de lei para 🛡 alterar a lei de justiça de transição, que, entre outras medidas, classificaria o estupro de não combatentes durante o conflito 🛡 como "violação grave dos direitos humanos", o que não seria elegível para anistia. Apesar disso, e de outras emendas, como 🛡 garantir reparações para sobreviventes de estupro, grupos de direitos ainda dizem que as emendas não vão longe o suficiente e 🛡 o projeto de lei "corre o risco de perpetuar a impunidade".

No entanto, Khadka permanece inabalável. "Se perder a esperança, não 🛡 será capaz de continuar lutando por isso", ela diz. "E acredito que nós teremos justiça. Se não for esta geração, 🛡 então a próxima."