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Nathan Thrall: o jornalista americano que conta a história de Abed Salama

Nathan Thrall é um jornalista americano que reside ubet freebet ♠ Jerusalém há 20 anos. Seu livro Um Dia na Vida de Abed Salama conta a história de um acidente de ônibus ♠ escolar ubet freebet 2012 ubet freebet que seis crianças palestinas morreram, incluindo o filho de cinco anos de Abed Salama. A história ♠ de Thrall desvenda como as políticas do governo israelense, a infraestrutura de "estradas de apartheid" e as humilhações burocráticas diárias ♠ das comunidades palestinas criaram e exacerbaram a tragédia. O livro, que ganhou o Prêmio Pulitzer de Não-Ficção Geral deste ano, ♠ foi publicado na semana dos ataques horríveis de 7 de outubro do Hamas que desencadearam a guerra do Gaza.

Eu estava ♠ lendo uma entrevista que você deu com o Observer imediatamente após 7 de outubro , quando eventos de publicidade para seu livro haviam ♠ sido cancelados ubet freebet Londres. Você estava dizendo que ninguém queria ouvir sobre contexto e nuances dessas horríveis ocorrências. Isso mudou ♠ desde então?
Acredito que sim. Mas tem sido uma resposta bifurcada. Você tem uma geração mais velha que, se algo, se ♠ moveu para a direita desde 7 de outubro e não quer ouvir. E, claro, temos esse despertar entre os jovens ♠ que talvez não tivessem muito conhecimento sobre Israel e Palestina antes disso.

Em que momento, você estava também prevendo que Israel ♠ achataria Gaza para provar que isso não acontecerá novamente. A magnitude e a brutalidade dessa resposta o surpreenderam?
Tenho que dizer: ♠ não. No momento ubet freebet que vimos que palestinos haviam cruzado a fronteira de Gaza, o que era uma ocorrência impensável ♠ para israelenses, ficou claro que estávamos prestes a ver uma guerra ubet freebet escala diferente. Um israelense que conheço e que ♠ serviu no exército me disse: "Nós teremos sorte se houverem menos de 50.000 mortos no final disso."

Ainda é capaz de ♠ ver Abed, cuja história seu livro conta?
É bastante fácil para mim chegar a Abed, mas muito difícil para ele vir ♠ até mim. Em julho, dei a primeira palestra sobre o livro que dei ubet freebet Jerusalém. Tentamos obter um permissão para ♠ que Abed pudesse visitar, mas não conseguimos. Em vez disso, li uma declaração dele sobre a amarga ironia de nós ♠ estarmos a dois quilômetros [1,25 milhas] deubet freebetcasa do outro lado do muro, mas ele sendo incapaz de estar ♠ presente para falar sobreubet freebetvida.

Obviamente, a situação piorou ubet freebet seu vilarejo agora ...
No imediato após 7 de outubro, eles fecharam ♠ toda a enclave murada de aproximadamente 130.000 pessoas. Leva pouco mais de quatro soldados para fazer isso. Eles têm um ♠ ponto de verificação no topo e outro na saída da enclave. Essa estrangulação total não durou muito tempo. Mas [com ♠ o mundo observando Gaza] houve um grande aumento da violência na Cisjordânia da parte do exército e dos colonos.

O sucesso ♠ do livro deve ser gratificante para Abed. Mas, claro, isso está contra a tragédia de seu filho e os medos ♠ atuais ...
Todo o tempo que escrevia o livro, eu tinha essa tensão. Abed frequentemente tinha lágrimas nos olhos quando falávamos e ♠ eu me desculpava. E cada vez, ele me interrompia e dizia: "Não se desculpe, gosto de chorar sobre isso. Porque ♠ me sinto mais perto de meu filho ao falar sobre ele."

No passado, você disse que é solitário, como judeu, ser ♠ crítico de Israel ubet freebet Jerusalém. Isso se tornou muito mais solitário?
Sim. Os processos de desumanização que descrevo no livro com ♠ pessoas aqui, por exemplo, celebrando as mortes de [crianças palestinas], são completamente predominantes agora.

Como os relatos de sentadas ubet freebet campus ♠ nos EUA e Europa foram vistos?
As sentadas estudantis foram desproporcionalmente cobertas. O sentido que faço disso é que, para israelenses, a ♠ ideia de Israel é que é um refúgio seguro para judeus. Após 7 de outubro, essa ideia sofreu um golpe ♠ sério. E acho que, ideologicamente, as protestos foram usadas para reconstruir essa ideia – era como: "Olhe para Harvard e ♠ Yale, é ainda pior para judeus lá."

Você foi alvo de abusos?
Recebo emails de pessoas loucas, mas estou enfrentando isso há ♠ anos.

Você mencionou queubet freebetmãe nos EUA não lê seu trabalho – ainda é o caso?
Não sei. Eu vi o ♠ livro ubet freebetubet freebetmesinha de cabeceira no outono passado. Mas ela nunca me disse se leu.

Você consegue empatizar comubet freebet♠ posição?
Entendo que ela sente um forte senso de nacionalismo judaico. Põe-lhe muito profundamente do coração pensar ubet freebet mim como alguém ♠ que trai nossa gente.

Como você vê os eventos se desenrolando?
É certamente o caso de que o estabelecimento militar israelense não ♠ quer ficar ubet freebet Gaza por vários anos – mas também é o caso de que uma retirada de Gaza agora ♠ é algo que o governo Netanyahu não pode fazer. Porque ele vai ruir.

Nós nos apegamos à ideia de que a ♠ curva da história tende para liberdade e democracia. Você foi sacudido fora dessa sensação?
Tenho sido pessimista sobre este lugar há ♠ muito tempo. Se você olhar para a trajetória do que aconteceu aqui, é uma história de expansão israelense crescente e ♠ constrição palestina ubet freebet espaços menores. Se você apenas projetar para a frente, estamos indo para um destino como o dos ♠ nativos americanos para os palestinos.

Creio que se houver uma coisa que seu livro prova, é que a maior ameaça a ♠ esse resultado, a governos autoritários ubet freebet todo o mundo, é o poder de uma história humana individual ...
Obrigado por dizer isso. ♠ Eu entrei neste projeto ubet freebet um tipo de desespero. Eu encontrei que toda a escrita analítica e histórica que estava ♠ fazendo não estava fazendo uma diferença ubet freebet o que estava acontecendo. Eu realmente senti que a única chance que tínhamos ♠ de uma mudança significativa de opinião pública era através de histórias individuais poderosas. Estou trabalhando ubet freebet outros.